Antes de contratar um seguro de automóvel coloque o pé no freio. Com tantas ofertas e produtos novos à porta, o consumidor deve ser cauteloso para não comprar gato por lebre. O primeiro passo é fazer uma pesquisa de mercado considerando não só o melhor preço, mas as coberturas, o período de carência, as coberturas, os riscos e principalmente, as exclusões. Além disso, é importante conhecer o produto que está comprando para evitar surpresas desagradáveis quando precisar usar o seguro. Uma dica para se livrar das armadilhas das letrinhas miúdas: só assine o contrato com a compreensão dos termos da apólice. Em caso de dúvidas, procure a ajuda dos órgãos de defesa do consumidor para ter a segurança das coberturas nos casos de sinistros.
Com segurança não se brinca. O consumidor deve planejar a contratação do seguro antes de tirar o carro zero ou usado da concessionária. Diante dos elevados índices de violência nas cidades, sem contar com o trânsito louco do dia a dia, é melhor não correr riscos de dirigir descoberto. O produto em geral é caro, mas a recomendação dos especialistas é que não vale à pena economizar. “O consumidor não deve contratar o seguro apenas pelo preço. Outros critérios devem ser analisados, como a corretora, os tipos de seguro, a franquia e a abrangência”, orienta Giselle Rodrigues, advogada da Pro Teste Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.
Segundo Giselle, a primeira coisa é definir o tipo de seguro que se adequa ao seu perfil. São dois tipos básicos: valor de mercado referenciado (VMR), que garante a indenização integral de acordo com a tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), e valor determinado (VD), que indeniza o segurado com o pagamento de uma quantia definida no ato da contratação. “O mais recomendado é o VMR porque se houver roubo ou perda total o seguro vai indenizar com o valor atualizado de mercado”, orienta.
A empresária Sing Siz contratou recentemente o primeiro seguro de automóvel. Consultou dois corretores e observou que havia divergências nas informações sobre o valor da apólice. “Questionei bastante para esclarecer minhas dúvidas e só contratei com segurança. Afinal é um bem caro que deve ter uma cobertura integral”. Sing optou pela modalidade VMR porque tem como prioridade a indenização correspondente ao valor atualizado do bem. “Eu comparei vários produtos. Sei que a franquia ficou alta, mas o imprescindível é ter a cobertura completa”.
Fonte: Diario de Pernambuco