A eliminação de burocracias é um dos requisitos para baratear apólices e facilitar a implantação do microsseguro. Ao menos, esta é a opinião do country manager da Bajaj Allianz, Índia, Kamesh Goyal, que participou de evento organizado pela Allianz Seguros, nhttp://www.garraseguros.com.br/wp-admin/post-new.phpa última terça-feira (22).
Na opinião de Goyal, atender pessoas das camadas mais baixas da população requer uma série de adaptações no modelo de negócios de uma seguradora tradicional, além do fim da burocracia. Como exemplo, ele cita baratear os custos de divulgação.
“São justamente as pessoas com menos recursos que estão mais expostas ao risco. Portanto, as que mais precisam de seguro (…) É uma imensa oportunidade de negócios, tanto na Índia quanto em outros países emergentes”, diz ele.
Microsseguro
O microsseguro é uma modalidade de seguro que oferece apólices com preços baixos para pessoas que estão excluídas do sistema financeiro tradicional. Na Índia, o preço médio de uma apólice é de US$ 12 por ano.
No Brasil, o mercado de microsseguros ainda não está regulamentado, mas as seguradoras brasileiras já estão de olho no segmento, sendo que o seguro prestamista, caracterizado por cobrir prestações de bens adquiridos em caso de morte ou invalidez do beneficiário, é a apólice que mais deve crescer nos próximos cinco anos, conforme uma pesquisa realizada pela Accenture.
Na opinião do professor e coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, Lauro Gonzalez, por aqui, o microsseguro ainda é um assunto pouco abordado, mas que pode alavancar outros produtos financeiros, como o microcrédito.
“Aqui, se fala muito sobre microcrédito, mas é preciso lembrar que ele só é eficiente se for combinado com outros produtos (…) Se a pessoa não tem nenhum tipo de de cobertura de seguro, ela pode perder anos de investimento com uma simples enchente”, diz.
Fonte:Infomoney